Como fazer conserva e acabar com excedentes
No ano passado, tive excedente de tomates na horta, apesar de várias ofertas a amigos e familiares. Com isto, era necessário decidir o que fazer com aqueles tomates. Congelar para depois usar, por exemplo em refogados, era uma hipótese. No entanto, o congelador é pequeno e na altura já estava cheio de alho francês, pimentos e curgetes, também da horta.
Este era o meu dilema! Mas, depois de umas pesquisas, surgiu-me a ideia de fazer conserva e…ainda bem!
A primeira dúvida que se tem ao fazer conserva é a validade. Tipicamente, deixamos as conservas fora do frigorífico e, sem conservantes, ficamos com medo de estragar o preparado. Contudo, existem formas naturais de resolver este problema…aliás, há muitos anos atrás, não existiam frigoríficos, nem químicos que conservassem a comida como hoje em dia. Assim, já de seguida vou-vos explicar o método que usei (tenho pena de não ter guardado o site onde vi a explicação).
Antes de avançar, não existe um método igual. Isto é, há certos pontos que devem ser seguidos para assegurar a “validade”, o resto fica ao critério de cada um! Certamente que existirão outros métodos, melhores até, mas este comigo resultou. Já lá vão 6 meses e estas conservas têm-me dado imenso jeito e foi uma óptima forma de aproveitar os tomates já maduros!
- Em primeiro lugar, são precisos tomates e de preferência bem maduros. Fácil, foi isso que me levou a fazer conserva.
- Frascos! Vão precisar de frascos! São baratíssimos em qualquer loja dos chineses, mas podem aproveitar aqueles das azeitonas ou até os da polpa de tomate, por exemplo.
- Esterilizar os frascos. Este é um ponto importante, sob pena de estragarmos a conserva. Basta uma panela ou tacho com água a ferver e com os fracos e tampas lá dentro.
- Lavar e cortar os tomates em pequenos pedaços. Manter a pele e sementes fica ao critério de cada um. Eu decidir manter tudo.
- Lavar e picar cebola e alho. Aqui comecei a inventar.
- Lavar e picar mangericão. Aqui continuei a inventar.
- Um tacho e muito azeite. O azeite além de conservar vai ajudar a fazer um preparado interessante. Felizmente, tenho acesso a azeite biológico e em grandes quantidades, perfeito.
- Colocar o tacho, em lume brando, com a cebola e alho picados.
- Quando a cebola e o alho estiverem a ficar moles, adicionar os tomates cortados.
- Adicionar sal! O sal conserva. Aqui, se salgarmos o preparado, não é problemático e é um pouco ao gosto do freguês. Pessoalmente, decidi salgar, assim quando usar na comida já não preciso de adicionar sal.
- Adicionar o mangericão.
- Quando o preparado começar a ferver, colocar no liquidificador. Como é óbvio, este é um passo opcional. Apenas fiz isto para ficar com uma consistência à semelhança da polpa de tomate e porque gosto mais assim.
- Colocar nos frascos de vidro esterilizados e fechar! Do que li, esta tarefa deve ser feita com os frascos acabados de sair da água a ferver e com o liquido ainda a ferver.
- Colocar os frascos cheios submersos em água a ferver (pode ser a mesma usada na esterilização) e manter em lume brando, durante 45 minutos – 1 hora. Não devem ficar totalmente submersos, a água deve ficar um pouco acima de 3/4 do frasco.
- Deixar os fracos na água até arrefecer.
- Guardar como se fosse uma conserva normal.
- Ao abrir o frasco, o melhor indicador de validade (além do cheiro e sabor) é o som emitido. Se fizer um som estilo “poc” é bom sinal, estamos a abrir um frasco em vácuo e dificilmente estará estragado, pois as bactérias sem oxigénio não conseguem sobreviver!
Tal como disse acima, pode não ser o melhor método, mas estou bastante feliz com o resultado final. Já usei em refogados, assados e até em massas e fica muito, muito bom! Fiquei fã e para o ano não vai haver excedente de tomates.
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