Feira da Malveira, novas plantações e um minuto de silêncio
Para mim ir a qualquer loja, feira ou mercado que venda coisas para a horta é como deixar uma mulher numa grande superfície cheia de lojas de roupa, acabo sempre por comprar algo (mesmo que não precise de comprar nada). Comentários sexistas à parte, como o titulo indica fui à feira da Malveira, trouxe 90 pés de várias plantas e só gastei 10 euros (já ouvi isto em alguma lado…).
Ainda na feira, esta mudou de localização (para melhor, acho) e não sei se por ser feriado em Lisboa aquilo estava cheio como nunca tinha visto! De uma forma ou de outra, gostei de ver que este tipo de feiras/mercados vão-se mantendo.
Bom, esta visita traduziu-se em:
- 4 pepinos
- 4 beringelas
- 6 tomate coração de boi
- 15 alface lisa
- 15 alface roxa
- 12 couve roxa
- 12 couve galega
- 12 couve portuguesa
- 10 feijão verde
- várias abordagens de velhotas ao verem este menino carregado de sacos com plantas…pena os 50 anos que nos separam…
A caminho de casa passei ainda pela Agriloja e comprei 2 sacos de 50l de estrume (um de cavalo e outro de galinha).
Não contabilizando as horas dedicadas à horta e se todas estas plantas vingarem, os 10 euros investidos traduzir-se-ão em muitos euros poupados, isto se as toupeiras, ratos e passarada não me estragarem os planos. Por curiosidade, este ano estou a contabilizar todas as despesas com a horta e depois quando começar a colheita vou fazer o cálculo de quanto estou a poupar.
Como é óbvio isto tudo não se plantou sozinho, mas nada que não se tenha feito numa tarde de trabalho. O método usado foi o do costume, segue por ordem:
- Cavei fundo toda a terra a cultivar enterrando as ervas moídas pela máquina
- Nivelei a terra e desfiz os torrões
- Abri um sulco
- Espalhei estrume de galinha no fundo do sulco
- Coloquei cada uma das plantas em cima do estrume
- Tapei as raízes das plantas abrindo novo sulco
- Espalhei algum estrume de cavalo sobre o sulco plantado para ajudar a reter mais água junto à planta e compensar a terra – ao contrário do de galinha, este trazia muito húmus
- Repeti do passo 2 ao 7 até acabarem as plantas
- Reguei tudo!
Como podem ver, não é nada do outro mundo e evitei a palavra rego. Mesmo assim, duvido que tudo vingue porque no dia a seguir à plantação tinha a terra toda levantada pelas toupeiras – pelo menos um tomateiro e 2 ou 3 couves já estavam a murchar.
Felizmente para mim e infelizmente para quem está de férias, este tempo meio chuvoso veio dar jeito às plantações até que elas “peguem” bem à terra, sorry para quem queria ir torrar para a praia. Falando em pegar, tudo o que tinha plantado anteriormente e que sobreviveu à bicharada está verdinho e a dar flor – um minuto de silêncio por 3 melões, 3 meloas e 2 abóboras menina.
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(minuto de silêncio escrupulosamente cumprido.)
Linda hortinha! É um prazer ver os rebentos a brotar!
Adoro saber que quando for velhinha posso ir sacar jovens agricultores da Feira da Malveira. Ou pelo menos lavo as vistas!
Só mais uma coisa: rego, rego, rego e rego!