Batatas doces – Parte 1

Posted byadmin Posted onAbril 29, 2020 Comments0

Sendo muito sincero, semear ou plantar batata doce é algo novo para mim, tendo em conta que mesmo em casa dos meus pais não era prática comum, ou melhor, nunca foi. Curiosamente, eles começaram a cultivar batata doce depois de levarem uma batata já “grelada” que aqui tinha em casa, segundo eles para experimentar. A experiencia resultou muito bem, uma simples batata rendeu um balde de 20 litros de batatas, eles ficaram fãs e eu também decidi experimentar. No meu caso, não tenho tido sucesso.

Apesar de existirem inúmeras variáveis, tais como o solo, clima, rega e até a própria variedade da batata, a plantação de batata doce parece mais rentável que a batata convencional. Do feedback que recolhi junto de quem anda nisto da agricultura há mais tempo que eu, as batatas doces, além de produzirem mais, aguentam melhor a pragas enquanto estão na terra e também depois de apanhadas. Para mim o cultivo de batata sempre esteve associada a pragas de escaravelho (durante o crescimento) e de borboleta/traça já no armazenamento, algo que ainda não ouvi falar no cultivo de batata doce.

Posto isto, este ano destinei dois regos para plantar batata doce, depois das últimas tentativas em que não colhi nada, ou praticamente nada. Infelizmente e apesar de só terem passado 2 semanas após o plantio, cheira-me que as colheitas já estão condenadas. Dos 25 pés que plantei, apenas 3 ou 4 vão vingar…porquê? Bom, vamos enumerar:

  • A qualidade dos pés que comprei na Agriloja não era a melhor. Começo a achar que devia ter ligado à conversa entre dois velhotes aquando da compra…aparentemente, no ano anterior, um deles comprou lá 100 pés e pouco ou nada pegou…
  • Plantei pouco depois de uma valente chuvada e a terra estava algo pesada (não muito)
  • Vários cães decidiram andar a passear por cima dos regos. Sim, vários…e um deles pelo tamanho das patas deve ser primo de um lobo.

Se estou desmotivado? Talvez. Se vou tentar novamente este ano? Não me parece. Vou esperar que as sobreviventes viguem e vou colocando outras hortícolas no espaço das baixas. Para os curiosos, seguem algumas imagens.


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